Consórcio europeu reúne no campus Taguspark para discutir o desenvolvimento da Inteligência Artificial
Entre 22 a 24 de maio, o Técnico recebeu, no campus Taguspark, cerca de 50 investigadores de instituições internacionais para uma reunião da rede europeia “HumanE-AI-Net”.
O consórcio europeu “HumanE-AI-Net” reúne apenas duas vezes ao ano para partilhar os trabalhos em desenvolvimento dos múltiplos investigadores internacionais, para definir os próximos passos e para rever a visão estratégica do projeto. Entre 22 e 24 de maio, foi a vez do Instituto Superior Técnico receber, no campus Taguspark, em Oeiras, mais de 50 profissionais das áreas de Inteligência Artificial (IA) vindos de 53 instituições e provenientes de 20 países europeus.
O projeto consiste numa rede europeia com o objetivo de desenvolver mecanismos de Inteligência Artificial que sirvam o humano e que exponenciem as suas capacidades, em vez de as substituir. “O projeto é importante porque aborda um tema muito atual e central na discussão do papel da Inteligência Artificial na sociedade. A investigação junta peritos de vários ramos de inteligência artificial, peritos em fatores humanos e interação pessoa-máquina e peritos de ética e legislação”, explica Rui Prada, participante ativo no projeto e docente, investigador no Técnico (no Grupo de Agentes Inteligentes e Personagens Sintéticas (GAIPS) do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID)).
O trabalho do Técnico e do INESC-ID, dentro deste projeto, está relacionado com a interação e colaboração de Inteligência Artificial com pessoas, a sua capacidade social e o seu papel na sociedade. Deu origem a trabalhos sobre Interações Socialmente Conscientes (com contribuições dos investigadores Rui Prada e Inês Lobo) e sobre o Dilema Social com assimetria de informação (com contribuições da investigadora Ana Paiva).
“Um dos temas abordados [na reunião] foi o impacto da, mais recente, tecnologia de Large Language Models (LLM) na investigação em Inteligência Artificial em vertentes como: a capacidade de perceção do mundo, a capacidade de raciocínio, a capacidade e impacto social, a interação com as pessoas e questões éticas e legais. Tivemos várias discussões em grupo e produzimos algumas ideias com oportunidades e desafios que a IA enfrenta. Essa discussão irá informar a nova versão da agenda de investigação que o projeto promove”, explica Rui Prada.
Uma das investigações que, de momento, está a decorrer no Laboratório do GAIPS é procurar entender como as pessoas colaboram com um agente virtual num jogo colaborativo desenvolvido pela equipa chamado “Geometry Friends”.
Notícia originalmente publicada no website do Técnico.