Testemunhos: o que dizem os nossos Estudantes Excelentes

Nesta edição da série “Testemunhos” entrevistamos o Diogo Gaspar, galardoado com um Prémio de Mérito Celfocus em Engenharia de Software.

Fala-nos um pouco sobre ti e do teu percurso no IST.

Chamo-me Diogo Gaspar, entrei no IST em 2020, para a LEIC, e terminei o curso em junho do ano passado. Durante a licenciatura, fui bolseiro na equipa da DSI, onde pude ter contacto com as equipas de investigação e desenvolvimento do Fénix, entre outras tecnologias associadas ao funcionamento da faculdade.

Durante a licenciatura fui ponderando a possibilidade de prosseguir os estudos no estrangeiro, e atualmente estou no Mestrado de Computer Science no KTH (Suécia), na track de Data Science, onde estou a trabalhar como Research Assistant num dos laboratórios da Divisão de Theoretical Computer Science da universidade.

O que significou pessoalmente ganhar este prémio?

Representou o culminar do trabalho feito por todos os membros do grupo ao longo do período: claro que o reconhecimento por parte da docência e restante júri é sempre bom, e do ponto de vista financeiro é também por nós bastante valorizado, mas o mais importante que retiramos do projeto, enquanto grupo, foi sem dúvida aprender conceitos e técnicas que nos serão, de uma maneira ou de outra, certamente úteis durante o nosso percurso académico e profissional.

Por que é que prémios como este são importantes?

Prémios como este têm o benefício de servir como incentivo aos alunos para fazerem o melhor trabalho possível - mesmo que indiretamente, os alunos acabam por aprender mais e ficar melhor familiarizados com os conteúdos da UC em questão; para além disso, criam uma ponte importante entre a indústria e os alunos.

Na tua opinião (além de prémios ;) ), o que pode e deve ser feito para atrair mais alunos e alunas para a Engenharia Informática e de Computadores no Técnico?

A meu ver, o papel do IST (e do DEI) nas escolas é a componente mais importante nesta vertente: introduzir o curso e a faculdade em zonas do país onde o NAPE atualmente não vá permitiria a muitos alunos conhecer melhor possíveis percursos e como estes se enquadram com os seus interesses. Além disso, é inevitável referir o fator custo no ingresso em EIC (e no IST de forma geral): apesar de não ser necessariamente uma competência inerente ao curso, criar (mais) iniciativas patrocinadas por empresas/outras que aliviassem algumas preocupações financeiras a estudantes deslocados seria uma das formas cruciais de atrair bons alunos, que de outra forma são impossibilitados de frequentar o curso.

Tens algum conselho para futuros alunos e alunas de Engenharia Informática e Computadores do Técnico?

Apesar de o que vão aprender ser o core do curso, não se esqueçam de outra parte igualmente importante: as amizades que fazem ao longo do caminho são a melhor parte do percurso! Além disso, não tenham medo de falhar, de falar com professores e investigadores sobre oportunidades que vos interessem, de tirar dúvidas nas aulas, entre mil e uma coisas que podem parecer intimidantes -- só a colocar-nos em posições complicadas é que vamos evoluindo.

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