Bytes de Brilho: alunas excepcionais na Engª Informática e de Computadores

Nesta edição da Bytes de Brilho entrevistamos a Filipa Rocha, que obteve o segundo lugar no European Inventor Award 2023.

Fala-nos um pouco sobre ti e do teu percurso no IST

O meu nome é Filipa de Sousa Rocha e sou Engenheira Informática. Entrei na LEIC em 2014 no Instituto Superior Técnico no Campus Taguspark, que durante os próximos anos se tornou uma segunda casa. Para além do tempo a estudar na biblioteca e a fazer projectos nos laboratórios, também passei muito tempo nas salas dos núcleos de estudantes, em especial NEIIST e LAGE2. Sempre gostei de me envolver em mais projetos para além da vida académica, mas nunca deixando os estudos para trás. Após a licenciatura, fez-me mais sentido seguir para o MEIC do que enveredar no mundo do empresarial. Foi durante o mestrado que fiquei a conhecer melhor o campus da Alameda e tive a oportunidade de colaborar no IEEE IST-SB. Foi na altura da tese de mestrado que descobri a área da acessibilidade em educação tecnológica, e que mais tarde escolhi para continuar no doutoramento. Apesar de não ter continuado os meus estudos diretamente no IST, faço parte da unidade de investigação ITI/Larsys e também mantenho a minha conexão através da docência.

O que significou pessoalmente ganhar este prémio?

O prémio Jovens Inventores da EPO foi um reconhecimento muito importante, que me veio dar ainda mais motivação para continuar o meu trabalho na área da acessibilidade, em particular em educação tecnológica para crianças com deficiências visuais, que é uma ferramenta imprescindível no futuro das nossas crianças.

Porque é que prémios como este são importantes?

Um reconhecimento por parte de uma instituição de renome como a EPO permite divulgar e disseminar o trabalho realizado nas instituições do nosso país pelo mundo. Para além de dar visibilidade aos avanços científicos, no nosso caso também divulga a equipa multidisciplinar e diversificada em género, que pode inspirar as futuras gerações.

Na tua opinião (além de prémios ;) ), o que pode e deve ser feito para atrair mais mulheres para a ciência?

Nos últimos anos, têm vindo a ser desenvolvidas diferentes iniciativas que promovem a participação das mulheres nas áreas STEM. Iniciativas que promovem visitas a escolas, mentorias, e cursos para as mais jovens. Na minha opinião, são estas iniciativas que fazem a diferença junto da comunidade e devem continuar a ser promovidas.

Tens algum conselho para futuras alunas de Engenharia Informática e Computadores do Técnico?

O meu conselho é não terem medo ou vergonha de "chegarem-se à frente". Sei que muitas vezes, o estigma de ser mulher em informática é negativo e desmotivante, mas se não fizermos parte da mudança também ninguém nos garante que a mudança chegará.

Tópicos: