GameDev Técnico distinguido nos CA2ECTécnico

O núcleo de estudantes GameDev Técnico, dedicado à criação e desenvolvimento de jogos, foi distinguido na 9ª edição do Concurso de Apoio às Atividades Extracurriculares dos Núcleos de Estudantes do Técnico (CA2ECTécnico). O concurso, patrocinado pelo banco Santander, tem como propósito realçar a importância das atividades que complementam a formação dos estudantes e desenvolvidas pelos núcleos de estudantes premiando as que mais se distinguem.
A cerimónia de atribuição dos prémios ocorreu no dia 6 de dezembro no Anfiteatro Abreu Faro.
Neste contexto, aproveitámos para colocar a Alexandra Pato, uma das coordenadoras do GameDev Técnico, algumas perguntas:
Apresenta-nos o GameDev, nomeadamente as vossas atividades e composição.
O GameDev Técnico (ou GDT) é o núcleo e comunidade de desenvolvimento de jogos do IST. Unimos estudantes game developers às dezenas, por todo o país e de várias faculdades – desde a Universidade de Lisboa, NOVA, até à própria Faculdade de Belas Artes!
Muitos destes alunos mantêm os laços à comunidade depois da formatura; temos imensos alumni que participam ainda em eventos e projetos com os membros atuais. Para isso contribuem as nossas gatherings – que são pequenos encontros entre os membros – mas, talvez mais importante, os nossos Projetos.
Os projetos mais frequentes são as Game Jams, competições em que cada equipa desenvolve um jogo num tempo limitado. Podem ser remotas, presenciais… aliás, ainda este ano houve membros nossos a ir à Dinamarca para a Nordic Game Jam (e planeamos repetir a experiência!). Não foi a única ocasião de viagem (estivemos também em vários sites internacionais para a Global Game Jam, e inclusive fomos campeões da PACT Game Jam no Alentejo com “A Voz do Povo”), mas foi das mais marcantes, diria.
Depois, temos os Projetos Internos: desenvolvidos por equipas dedicadas durante meses a anos, e que oferecem familiaridade com metodologias de desenvolvimento de jogos num contexto de equipas de média escala. Um bom exemplo é o futuro jogo “The Ecosphere Project”; e o CUBOS, um Game Engine desenvolvido por membros do GDT.
Por fim, temos os Projetos Externos, que correspondem a parcerias com entidades externas. Já criámos jogos para múltiplas entidades de renome, incluindo o Centro Cultural de Belém (com o “Do Outro Lado da Toca”), FeedInov (com a “Quinta do Vale”), e – coming soon – a Liga Portuguesa Contra o Cancro (com um título a revelar). Temos também vários eventos de showcase dos nossos membros: Dev Vlogs (developer logs em vídeo), publicações no Instagram, Twitter, LinkedIn, … para não falar da nossa presença em vários eventos de jogos, como as recentes Meo XL Games, Dev Gamm, e Lisboa Games Week.
Qual a importância deste prémio para o GameDev?
Imensa.
O prémio monetário permite-nos continuar a fornecer aos nossos membros as ferramentas para uma experiência superior na área de jogos, e a continuar a ter os fundos para eventos que nos permitem deixar a nossa marca mais visivelmente. E o “prémio” simbólico, de receber este reconhecimento da CGD e do Santanter? É um selo de aprovação do mundo exterior. É ouvir um…um “Sim, acredito em ti”! Sempre tivemos fé no GameDev Técnico e nos nossos membros. E é incrivelmente motivador saber que outras pessoas, outras entidades, veem o que nós vemos quando olhamos para o futuro deste núcleo (desta comunidade, verdade seja dita).
Ter contacto, durante o curso, com desenvolvimento de jogos e conseguirem apresentar um produto final (jogo) é um facilitador para o futuro quando tiverem de ingressar no mundo empresarial?
Isso é pergunta com rasteira? Claro que facilita! Aliás, vários dos nossos alumni conseguiram emprego em estúdios de jogos conhecidos. Permitimos preencher o portfólio com jogos mais desenvolvidos e finalizados – além das soft-skills que se ganha em trabalho de equipa e gestão de projetos. Ah! E de parcerias que temos já feito com empresas, como para entrevistas a pessoal dentro da indústria, que dão já uma vista abrangente da mesma. As empresas veem que temos iniciativa e gosto pela área (seja ela programação, design de jogos, ou as demais); no caso de programação, também ajuda imenso a reforçar conceitos de boas práticas. O próprio portfólio tem resultados imediatamente visíveis e cativantes para o comum contratador: o Joel dos Recursos Humanos pode não ter paciência para executar um programa de gestão bancária no fim de um dia cansativo; é muito mais acessível carregar no play num dos jogos da nossa página do itch.io e experimentar ao vivo e a cores os resultados do nosso empenho.