Máquina LISP

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Máquina LISP

A linguagem LISP (LISt Processing) foi desenvolvida para o cálculo de expressões simbólicas por John McCarthy, o Pai da inteligência artificial (IA), em 1958. O primeiro interpretador, que avaliava expressões LISP, foi implementado num IBM 704, usando cartões perfurados, em 1959. Em 1962 é implementado o primeiro compilador completo, já com "garbage collection".

Em 1960-1970, os programas de IA exigiam um poder computacional, quer em tempo, quer em memória, desadequado ao hardware existente. Como a linguagem mais usada era o LISP, em 1973, Richard Greenblatt e Thomas Knight, no MIT, começam a construir um computador cuja linguagem de programação nativa era LISP, para desenvolver e executar eficientemente grandes programas de IA. A primeira máquina foi chamada CONS (um dos operadores de construção de listas em LISP) e a versão melhorada CADR (um trocadilho em LISP). Estas máquinas tinham uma arquitetura baseada numa linguagem de alto nível.

As máquinas LISP, as primeiras estações de trabalho comerciais mono-utilizador, foram pioneiras em impressão a laser, sistemas de janelas, uso do rato e gráficos raster bitmap de alta resolução. Eram também usadas na computação gráfica para modelação, animação e processamento de imagens médicas, 3D e CAD.

Esta máquina LISP foi usada para investigação em raciocínio automático. Custou em 1988 cerca de 24 000 contos (~120 000 €). Em Portugal existem apenas 5 máquinas destas, três no IST e duas na SISCOG.

Máquina LISP Explorer, Texas Instruments, Comercialização UNISYS, Grupo de Inteligência Artificial (GIA), 1988, Museu de Informática

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