Nesta edição da série “Testemunhos” entrevistamos o Bernardo Prata, galardoado com uma Bolsa de Estudo Bondalti e Fundação Amélia de Mello em 2023.

Fala-nos um pouco sobre ti e do teu percurso no IST.

O meu nome é Bernardo Prata, e sou Licenciado em Engenharia Informática e de Computadores desde 2023. A minha jornada no Técnico iniciou-se em 2020, um ano fortemente marcado pela pandemia, durante o qual raramente me desloquei ao campus Alameda. Apesar deste início atípico, a experiência decorreu de forma natural, sendo estes três anos enriquecedores tanto a nível acadêmico quanto pessoal. Durante este período também tive a oportunidade de participar em diversos projetos, destacando-se a colaboração com a Junitec no projeto SILAB e a conquista do segundo lugar na categoria de Energia no Tecstorm, o maior hackathon universitário nacional.

O que significou pessoalmente ganhar este prémio?

Conquistar este prémio teve um impacto significativo para mim. Destaco dois aspectos fundamentais: em primeiro lugar, representou o reconhecimento de vários anos de dedicação e esforço, impulsionando a minha confiança para o resto da licenciatura; em segundo lugar, proporcionou um suporte financeiro essencial para a minha vida enquanto estudante deslocado, aliviando também as preocupações financeiras dos meus pais. Olhando para trás, percebo que esta bolsa marcou o início de um ano excecional tanto a nível acadêmico quanto pessoal.

Por que é que prémios como este são importantes?

Estas bolsas são cruciais porque valorizam os estudantes individualmente, em vez de nos reduzir a meros números, reforçando a meritocracia. Funcionam como um incentivo para alcançarmos melhores resultados e, especialmente, para perseguirmos objetivos com foco e tranquilidade, mais livres de preocupações externas.

Na tua opinião (além de prémios ;) ), o que pode e deve ser feito para atrair mais alunos e alunas para a Engenharia Informática e de Computadores no Técnico?

Acredito que, dada a crescente procura por esta área, o Técnico, como a melhor universidade de engenharia de Portugal, não terá qualquer dificuldade em atrair mais alunos para este curso. Contudo, é essencial aumentar o investimento para manter o nível de ensino a par das melhores universidades europeias. O aumento da procura pelo curso não deve levar à complacência no investimento. A chave para atrair entusiastas é oferecer as melhores condições, e nesse aspeto acho que a universidade está num bom caminho.

Tens algum conselho para futuros alunos e alunas de Engenharia Informática e Computadores do Técnico?

Aconselho os alunos a absorverem os conhecimentos partilhados durante as aulas, mas também a explorarem para além dos limites do Técnico. No meu caso, a combinação dos materiais disponibilizados pelos professores com outros recursos disponíveis online foi fundamental para eu conseguir atingir os resultados que desejava. 

Além disso, um outro aspeto muito importante é que, por mais desafiante que possa parecer, na medida em que possas não te sentir preparado, candidata-te a projetos para além dos exigidos academicamente.

Não há forma de crescer profissionalmente sem arriscar.