Bytes de Brilho: alunas excepcionais na Engª Informática e de Computadores
Nesta edição da Bytes de Brilho entrevistamos a Catarina Freire, vencedora de uma Bolsa Feedzai Women in Science MSc & PhD 2024/2025.
Fala-nos um pouco sobre ti e do teu percurso no IST
O meu nome é Catarina Xie Freire, tenho 20 anos e comecei a Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores em 2021. Durante grande parte do meu percurso escolar, não pensava em seguir engenharia, mas sempre gostei de resolver problemas lógicos. Depois de ter tido aulas de programação no secundário, percebi que era uma área que me interessava e decidi avançar nesse caminho. Desde o meu terceiro ano de licenciatura, tenho trabalhado como assistente (TA), e estou a gostar bastante da experiência. Entretanto, já terminei a licenciatura e, neste momento, estou no primeiro ano de Mestrado com um foco em Inteligência Artificial.
O que significou pessoalmente ganhar este prémio?
Pessoalmente, ganhar esta bolsa significa que o meu esforço e dedicação ao longo dos últimos anos estão a ser reconhecidos, e de uma forma tão significativa. Quando entrei neste curso, nem tinha a certeza se estava no caminho certo e este prémio realmente ajuda a combater essas incertezas e motiva-me a seguir em frente com ainda mais determinação.
Porque é que prémios como este são importantes?
Além de oferecerem um apoio financeiro e incentivarem alunas a se dedicarem aos estudos, são também muito importantes para promover a igualdade de género em áreas onde, infelizmente, ainda há poucas mulheres. Prémios como este, ajudam a expor o valor e o talento das mulheres na tecnologia, o que acaba por inspirar e motivar outras raparigas a seguirem o mesmo caminho.
Na tua opinião (além de prémios ;) ), o que pode e deve ser feito para atrair mais mulheres para a ciência?
Acredito que precisamos mudar a mentalidade sobre mulheres em ciências, começando desde cedo. Devemos expor as raparigas, logo desde pequenas, a programas que as incentivem a explorar as ciências de forma divertida e acessível. Muitas vezes, há a ideia de que as ciências são muito difíceis e/ou feitas apenas para um certo "tipo" de mulher, e precisamos de acabar com essa ideia e mostrar que a ciência é para todas as que têm interesse. Iniciativas como este prémio e entrevistas são ótimas para dar visibilidade a vários tipos de mulher em ciências, ajudando a quebrar esses estereótipos.
Tens algum conselho para futuras alunas de Engenharia Informática e Computadores do Técnico?
Não vai ser sempre fácil, mas não desistas e não tenhas medo de falhar ou de pedir ajuda. Segue o caminho que queres, mesmo, e especialmente que, as pessoas à tua volta não o vejam ou percebam. Além disso, não subestimes o impacto de amizades: ter colegas com quem possas partilhar dúvidas, desafios e experiências torna o percurso muito mais fácil e divertido.