Nesta edição da Bytes de Brilho entrevistamos a Susana Monteiro, que conquistou o Prémio de Mérito FIDAWARD IN Engenharia Informática e de Computadores powered by Fidelidade 2022/2023.

Fala-nos um pouco sobre ti e do teu percurso no IST.

O meu nome é Susana, tenho 23 anos e sou de Lisboa. 

Sempre gostei bastante de matemática e de física, o que me inclinou para estudar uma engenharia. Fui introduzida à programação alguns anos antes de entrar no IST e, por ter gostado, acabei por me candidatar à licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores, no campus Alameda. Terminei, no final do ano passado, o mestrado em Engenharia Informática e de Computadores, também na Alameda.

O que significou pessoalmente ganhar este prémio?

É sempre gratificante vermos o nosso trabalho e dedicação recompensados, pelo que fiquei muito feliz quando me atribuíram o prémio e com vontade de continuar a dar o meu melhor na minha vida profissional.

Porque é que prémios como este são importantes?

Por um lado, estes prémios são importantes a nível pessoal para os alunos. São uma motivação adicional para nos dedicarmos ainda mais e servem como uma recompensa pelo nosso esforço. 

Por outro lado, desempenham um papel fundamental ao estabelecerem uma ponte entre as empresas e a vida académica. Estas iniciativas permitem que as empresas participantes possam acompanhar mais de perto o trabalho desenvolvido nas universidades, o que potencialmente abre portas para outras colaborações (temas de tese, projetos de cadeiras, etc.). Além disso, ao investirem no ensino, as empresas estão também a investir nos alunos que, quem sabe, podem vir integrar as suas equipas.

Na tua opinião (além de prémios ;) ), o que pode e deve ser feito para atrair mais mulheres para a ciência?

É preciso desconstruir a ideia de que informática e outras áreas STEM são para homens, mas isso faz-se nas escolas. É importante expor tanto rapazes como raparigas a estas áreas para que possam estar devidamente informados no momento em que se candidatam aos cursos superiores. 

No entanto, na minha opinião, não é realista haver um equilíbrio perfeito entre o número de homens e mulheres. O objetivo principal deve ser garantir que todas as pessoas, independentemente do género, tenham igual oportunidade e incentivo para seguir qualquer área. 

Tens algum conselho para futuras alunas de Engenharia Informática e Computadores do Técnico?

Para futuras alunas, penso que o mais importante é frisar que não serão menos competentes simplesmente por serem mulheres. Além disso, pessoalmente, nunca me senti desvalorizada por ser uma mulher no curso de Engenharia Informática e de Computadores. 

Acho importante também mencionar (ou reforçar) que este curso não é exclusivo para aqueles que já têm experiência em programação, mas sim para qualquer pessoa que venha com vontade de aprender. Felizmente, o curso oferece as bases necessárias para quem entra sem experiência prévia e rapidamente estarão ao mesmo nível de quem já tinha alguns conhecimentos.